Doença de Parkinson: Do Diagnóstico a Cirurgia

Doença de Parkinson: Do Diagnóstico a Cirurgia

A doença de Parkinson é uma doença neurológica crônica e progressiva que afeta principalmente a coordenação motora. É causada pela perda de neurônios na substância nigra, uma região do cérebro que produz dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos.

Nesta matéria, iremos abordar pontos essenciais acerca do diagnóstico e tratamento cirúrgico para a doença de Parkinson, além de mostrar como essa cirurgia pode beneficiar o paciente.

Sintomas da doença

Um dos sintomas mais comuns do Parkinson é o tremor recorrente, geralmente nas mãos, dedos, queixo ou cabeça, mas pode também afetar os pés. O tremor é mais comum quando o corpo está em repouso e tende a diminuir ou desaparecer com o movimento voluntário. Além disso, o paciente que apresenta a doença geralmente apresenta lentidão nos movimentos e na fala, devido a maior rigidez nos músculos. O paciente que apresenta a doença tem dificuldade de equilíbrio e coordenação, que pode levar a quedas frequentes e até mesmo lesões mais sérias.

Ver mais: Avaliação do risco de quedas entre pessoas com doença de Parkinson

É importante se atentar também aos fatores de risco. Apesar de o fator de risco não ser determinante para o desenvolvimento de uma doença, ele desempenha um papel importante, indicando quais grupos de pessoas possuem uma tendência maior para desenvolvê-la. A doença de Parkinson é mais comum em pessoas acima de 60 anos. Homens também são mais propensos a desenvolver. Também, ter parentes próximos com a doença aumenta o risco de desenvolver a doença.

Diagnóstico

Para chegar no diagnóstico do Parkinson, o médico precisa avaliar diversos fatores, analisando o quadro de forma ampla. Essa avaliação ocorre por meio de conversas com o paciente, para entender sua condição e dificuldades. Também, o paciente passa por uma série de exames neurológicos e complementares, que descartam a possibilidade de um diagnóstico equivocado.

Em alguns casos, o diagnóstico da doença de Parkinson pode ser desafiador, principalmente nos estágios iniciais da doença. Nesses casos, o médico pode acompanhar o paciente por um período de tempo para observar a progressão dos sintomas antes de confirmar o diagnóstico.

Tratamento Cirúrgico

Em casos de pacientes que convivem com a doença de Parkinson e que os medicamentos não já não fazem o efeito desejado, ou apresentam efeitos colaterais relacionados com altas doses de medicamentos, a cirurgia surge como um possível tratamento. A Estimulação Cerebral Profunda (DBS), também conhecida como cirurgia de DBS, é um procedimento neurológico que utiliza eletrodos implantados no cérebro para enviar pulsos elétricos para áreas específicas, visando modular a atividade cerebral e aliviar os sintomas de diversos distúrbios neurológicos. Então, através de imagens de ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons, os médicos identificam as áreas do cérebro relacionadas aos sintomas do paciente. Sob anestesia local e sedação, o neurocirurgião realiza duas pequenas incisões no crânio e, com o auxílio de um sistema de microcirurgia estereotáxica, insere os eletrodos nas áreas-alvo no cérebro.

Um neuroestimulador, similar a um marca-passo cardíaco, é implantado sob a pele no tórax para enviar pulsos elétricos aos eletrodos no cérebro. já que, o neuroestimulador é conectado a um tablet para programação e ajuste dos parâmetros da estimulação, como frequência, amplitude e duração dos pulsos. A programação dos estímulos é feita de forma individualizada para cada paciente, buscando o equilíbrio entre o controle dos sintomas e a minimização de efeitos colaterais.

Benefícios da cirurgia

A estimulação cerebral profunda pode aliviar diversos sintomas que o paciente com a doença de Parkinson apresenta. A cirurgia pode diminuir tremores, rigidez muscular e lentidão de movimentos, o que é fundamental para devolver a autonomia para o paciente. Com o controle dos sintomas, os pacientes podem ter mais independência e autonomia para realizar atividades diárias, aumentando a qualidade de vida em diversos aspectos, como maior facilidade para andar, subir escadas e realizar atividades físicas. Melhora na coordenação motora fina, permitindo realizar tarefas como escrever, comer e se vestir com mais facilidade.

Em alguns casos, a DBS pode levar à redução significativa da medicação utilizada para controlar os sintomas, proporcionando menos efeitos colaterais relacionados aos medicamentos.

Neurosul

Para um paciente que sofre com os sintomas da doença de Parkinson, a cirurgia de estimulação cerebral profunda surge como uma solução. Pois, quando bem indicado, esse procedimento melhora a qualidade de vida do paciente em diversos sentidos.

A Neurosul é uma clínica especializada em tratamentos neurológicos por meio de cirurgias. Com um corpo clínico altamente especializado, entregamos excelência em cada procedimento, tratando cada paciente de forma humanizada e individualizada. Portanto, entre em contato conosco e tire as suas dúvidas.

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