Minimamente invasiva ao invés da craniotomia, que é uma cirurgia aberta, maior, neste caso o procedimento foi realizado com dois furos.
Os neurocirurgiões Carlos Fernando dos Santos Moreira e André Nesi realizaram no Hospital São João Batista uma neurocirurgia cerebral endoscópica, primeira em Criciúma e inédita no Sul do Estado. O procedimento, menos invasivo, possibilita uma recuperação pós-operatória mais rápida, confortável e bem tolerada. A paciente assistida pela equipe cirúrgica do HSJB foi uma mulher de 67 anos com um AVC hemorrágico, ou seja, um hematoma dentro do cérebro.
“O neuroendoscópio é considerado hoje mais um recurso na prática diária da neurocirurgia, principalmente na faixa etária pediátrica em que são mais freqüentes os casos de hidrocefalia obstrutiva. Os acessos transcranianos são utilizados para a abordagem aos transtornos do sistema ventricular e da circulação liquórica. Em tais situações, o endoscópio é o principal instrumento para a realização do procedimento. Assim, define-se a neuroendoscopia pura. A chamada microneurocirurgia assistida por endoscopia consiste na utilização do endoscópio como instrumento auxiliar responsável pela melhor visão das estruturas neurovasculares relacionadas com a doença, como por exemplo, na cirurgia dos aneurismas intracranianos”, explica o neucirurgião Carlos Fernando.
Minimamente invasiva ao invés da craniotomia, que é uma cirurgia aberta, maior, neste caso o procedimento foi realizado com dois furos. “Ela não é indicada para todos os casos, entre seu principal uso, os mais clássicos são o da hidrocefalia, hemorragias intraventriculares e tumores em estruturas profundas. Por meio de uma pequena incisão, um pequeno furo no osso, com diâmetro de dois centímetros o endoscópio dá uma imagem de alta definição e com a utilização de instrumentos delicados conseguimos fazer o procedimento. “Antes realizado apenas em grandes centros, o Hospital São João Batista em Criciúma, é o único no Sul a disponibilizar a tecnologia e o material na nova opção de tratamento aos pacientes”, observa o neurocirurgião.
Recuperação mais rápida, incisões menores, menor traumatismo, diminuição de risco de lesão cerebral e de infecção estão entre os principais benefícios do procedimento inédito.