Paciente sofreu um AVC e, com o tratamento, foi possível que se revertesse os sintomas
O procedimento chamado de Trombectomia Mecânica Intracraniana consiste em um tratamento realizado de maneira minimamente invasiva através da técnica endovascular. A partir da punção de uma artéria na virilha conseguiu-se chegar até o cérebro e desobstruir a artéria doente.
A paciente em questão, uma mulher de 43 anos, chegou ao hospital após sofrer um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi), estava com metade do corpo paralisado. Logo que chegou ao hospital, a equipe especializada no atendimento de pacientes com AVC prontamente fez a identificação dos sintomas e diagnosticou a causa do problema: a oclusão de uma importante artéria do cérebro. Imediatamente, a paciente foi encaminhada ao serviço de Hemodinâmica do hospital para que o médico neurocirurgião, especialista em neurorradiologia intervencionista, Luiz Pedro Willimann Rogério, pudesse realizar o procedimento. “Oclusões de artérias importantes do cérebro causam AVCs graves que podem levar a sequelas incapacitantes ou mesmo à morte. Nesta paciente em questão, felizmente, conseguimos evitar este desfecho com um tratamento minimamente invasivo que é a trombectomia e, além disso, foi possível reverter os déficits neurológicos. “A paciente recuperou a força motora, ficando sem sequelas importantes”, explica o neurocirurgião.
O procedimento foi realizado rapidamente. Toda cirurgia consistiu em acessar a artéria cerebral obstruída, no caso a artéria Cerebral Média que tem a função de nutrir quase metade do cérebro humano. Através de técnicas endovasculares, foi retirado o coágulo de dentro da artéria e o fluxo de sangue para o cérebro foi restituído. “O atendimento rápido, especializado, integrado e multiprofissional desde o acolhimento na emergência, passando pela realização dos exames até o paciente chegar na sala de hemodinâmica, foi fundamental para garantir o bom resultado que tivemos“ ressalta Dr. Luiz Pedro.
Após o procedimento, a paciente permaneceu internada recebendo cuidados médicos por mais 7 dias. Recebeu alta e segue em acompanhamento médico ambulatorial.
Texto originalmente publicado no site 4oito.